terça-feira, 9 de março de 2010

SINTEF-PB INICIA DEBATE SOBRE PROCESSO SUCESSÓRIO NO IFPB

 Reunião do SINTEF-PB debate processo sucessório no IFPB


Até que enfim aconteceu uma iniciativa institucional sobre o processo sucessório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB). O SINTEF-PB - Sindicato dos Trabalhadores Federais de Educação Básica e Tecnológica da Paraíba, na primeira reunião da diretoria eleita para o biênio 2010/11, colocou a discussão sobre a eleição para escolha do futuro Reitor da Instituição como ponto de pauta. A reunião aconteceu ontem (09), no período da tarde, no Auditório José Marques, no Campus de João Pessoa,

O coordenador geral do sindicato, professor Arilde Franco Alves, lembrou que a função do órgão, enquanto entidade representativa de classe, é fiscalizar o processo para garantir a lisura do pleito. A reunião contou com a participação de representantes dos três segmentos institucionais dos campi de João Pessoa, Campina Grande, Sousa e Cajazeiras.

O evento promovido pelo Sintef-PB teve início com a explanação sobre a retomada das reuniões sobre o plano de cargos e carreira dos técnico-administrativos, informes da assessoria jurídica e, por último, a discussão sobre o processo sucessório.




ELEIÇÃO PARA REITOR

Foi informado, na reunião, que na próxima sexta-feira (12), o Conselho Superior do IFPB vai deflagrar oficialmente o processo sucessório na instituição. Ainda conforme as informações apresentadas na reunião do Sintef-PB, o Conselho Superior terá um papel secundário no processo, já que sua atribuição vai até a escolha da comissão eleitoral e a indicação de turnos da eleição. Segundo Arilde Franco, a comissão eleitoral deverá estar formada até o dia 25 de abril, já que o processo será iniciado 90 dias antes do término do mandato da atual gestão do IFPB.

Um ponto importante da reunião de ontem foi a polêmica sobre se o Conselho Superior da instituição terá imparcialidade suficiente para cumprir suas atribuições no processo sucessório. Há controvérsias com respeito à composição do órgão que conta com a participação dos 9 diretores dos campi da Instituição, todos indicados pelo atual Reitor pró-tempore,  Há preocupações de que essa composição beneficie politicamente a  atual gestão.

Apesar da controvérsia, a representante do segmento estudantil Josinete Mendes, que participou da estatuinte que definiu o documento que possibilitou a formação do conselho, lembrou que a composição foi uma sugestão do SINASEFE, acatada pelos representantes legítimos do processo estatuinte. O professor Raimundo Nonato sugeriu que se houver alguma dúvida sobre a legitimidade dos encaminhamentos do processo eleitoral, elas devem ser dirimidas o mais rápido possível.

O servidor do Campus de Cajazeiras, Gilvandro Vieira, levantou dúvidas sobre a possibilidade de uma formação de interesse corporativo dentro do Conselho Superior, já que o órgão contém o Conselho de Dirigentes, ficando de fora apenas os pró-reitores, o que poderá beneficiar a atual gestão no processo sucessório. A professora Vania Medeiros assinalou que essa composição foi mais um lapso da comunidade que não tem a cultura de participar das decisões políticas da instituição, o que deve fazer parte do currículo educacional.
 CANDIDATOS

Apenas dois dos possíveis candidatos a sucessão da administração central do IFPB, a professora Cristina Madeira e o professor Rômulo Gondim, estiveram presentes à reunião. Cristina disse que espera uma posição ética das entidades que vão conduzir o processo sucessório na instituição.

O professor Rômulo Gondim, que já administrou a instituição quando era CEFET-PB, lembrou a importância do sindicato da categoria para garantir a participação democrática da comunidade no processo sucessório. “A minha maior preocupação é que nós estamos na iminência de eleger o nosso primeiro reitor, mas ainda não sabemos o que é o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba”, salientou.

Segundo Rômulo, a comunidade está muita atrasada no debate sobre o atual modelo de educação que foi implantado na atual conjuntura dos institutos da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica. Ele espera que o debate sobre essa nova instituição deslanche nos próximos dias.

Rômulo alertou para a necessidade de se evitar o açodamento dos debates que, segundo ele, devem acontecer através do embate das idéias e não de gestos autoritários. Não estamos mais em uma escolinha de ensino médio, somos agora algo bem maior, mais próximo á lógica do modelo de universidade tecnológica, disse ele, acrescentando que é preciso amadurecer para evitar equívocos do passado que resultaram em fórmulas antidemocráticas de gestão administrativa.

Acredito, prosseguiu o professor Rômulo, na competência do Sintef-Pb para garantir a participação democrática no processo sucessório para escolha do primeiro Reitor do IFPB. O nosso futuro dirigente deverá se preocupar mais com a formulação de políticas educacionais do que com interesses meramente burocráticos.

A pedagoga Maria José Dantas fortaleceu o pronunciamento do ex-dirigente afirmando que a liberdade de expressão deve ser garantida durante o processo sucessório. Na mesma linha, a servidora do Campus de Cajazeiras, Fátima Cartaxo, alertou para que o processo sucessório não se transforme em um tribunal de perseguição aos servidores e que a comunidade não seja paralisada pelo medo de exercer o seu direito democrático de escolher o seu futuro dirigente.


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