segunda-feira, 21 de junho de 2010

MAIS UMA GAFE DA COMUNICAÇÃO DO IFPB CONSTRANGE DOCENTES DA INSTITUIÇÃO

A FIGURA QUE CAUSOU CONSTRANGIMENTO


A comunicação social do IFPB cometeu mais uma gafe relacionada ás informações divulgadas na página da Instituição. Desta vez, o jornalista Filipe Donner ilustrou a matéria “CONSELHO SUPERIOR HOMOLOGA RESULTADO DAS ELEIÇÕES”, publicada no domingo (20.06.2010, às 10h06), com uma figura alegórica, no lugar da foto, que não tem nada a ver com o conteúdo da notícia. A alegoria, que parece ter sido baixada aleatoriamente da internet, carnavaliza um evento realizado pela mais importante instância do Instituto, o CONSELHO SUPERIOR.

O jornalista, para ser coerente, deveria ter ilustrado a matéria com uma foto reproduzindo a reunião do CONSELHO. Após a publicação da matéria na página do IFPB, alguns docentes e técnicos ficaram indignados com a ousadia do referido jornalista. Segundo os professores, o episódio chega a ser constrangedor, maculando a imagem de uma instituição séria, como é o Instituto. Os professores acham que, desta vez, o jornalista foi longe demais.

E tem mais. A gafe cometida pelo jornalista Felipe Donner estendeu-se, também, ao conteúdo da matéria. Ele utilizou expressões que são usadas pela imprensa para dar ênfase às diatribes da política partidária: "esmagadora maioria", para caracterizar o resultado de uma escolha realizada numa instituição educacional. O jornalista também se referiu a “garantir a governabilidade do IFPB”, como se a instituição enfrentasse algum risco de ingovernabilidade, que é o domínio da desordem, que origina o colapso e degeneração de um corpo político; a palavra dá uma conotação semântica muito rigorosa para uma questão educacional.

Outro equívoco da matéria é confundir o exercício acadêmico de um pró-reitor com o papel de um estrategista, palavra mais adequada para definir uma situação de guerra. O sinônimo de estratégia é: a arte de combinar a ação das forças militares, políticas, morais, econômicas, implicadas na condução de uma guerra ou na preparação da defesa de um Estado.

Portanto, só resta dizer que a indignação dos professores é legítima e merece ser considerada. Afinal, a eleição para escolha do Reitor não foi um embate político partidário, o IFPB não enfrenta situação de ingovernabilidade, nem também está em guerra. O IFPB vivencia uma situação de total normalidade administrativa e acadêmica.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

INUNDAÇÕES EM LABORATÓRIO DO IFPB OFERECE RISCO DE VIDA AOS SERVIDORES

 

Equipamentos expostos a danos

O Laboratório de Geprocessamento, que funciona no Campus de João Pessoa, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), foi inundado com as chuvas que caíram na última quinta-feira (17). As inundações que acontecem pela calha e que são constantes no laboratório estão colocando em risco a vida dos servidores que freqüentam o ambiente.

Segundo o professor dos Cursos de Design e de Geoprocessamento, Homero Jorge, que coordena um grupo de pesquisa em Qualidade do ambiente construído e o Dinter (doutorado interinstitucional) em Engenharia Civil, e utiliza o laboratório com mais frequencia, o problema resulta de infiltrações pela calha que não tem dimensão suficiente para dar vazão ao volume d’água que escorre pelo teto do bloco, onde está localizado o órgão.
                                                                         
O professor disse que o problema está colocando em risco a vida dos servidores e estudantes que freqüentam o setor, com a possibilidade de desabamento do teto de gesso, além de danificar  equipamentos e materiais acadêmicos.

Homero afirmou que o problema vem ocorrendo desde o ano passado, quando houve a primeira inundação e o teto de gesso do laboratório desabou. Há 15 dias, o acidente se repetiu. “Comunicamos todas essas ocorrências à Diretória Administrativa do Campus de João Pessoa que, infelizmente, tem tomado decisões paliativas, que não conseguem resolver o problema de infra-estrutura do setor”, denunciou ele.

A inundação da última quinta-feira foi contornada rapidamente porque havia uma pessoa na sala, mas se o problema voltar a ocorrer em um horário em que o laboratório esteja fechado, os equipamento serão danificados totalmente. “Mas o grande problema é o risco do desabamento do teto” insistiu Homero

O Laboratório de Geoprocessamento é um ambiente acadêmico de grande importância para a área. Além dos encontros do grupo de pesquisa em Qualidade do ambiente construído e o doutorado insterinstitucional, a sala também serve como local de reunião dos professores. O setor comporta diversos computadores, uma mapoteca e o mobiliário utilitário.

O professor Homero Jorge alertou aos responsáveis pelo funcionamento regular das atividades acadêmicas e administrativas do Campus de João Pessoa, sobre a necessidade de uma decisão efetiva para resolver o problema dessas inundações, "para evitar um acidente com danos graves na instituição”.

 Veja a infiltração

A água escorreu pelo corredor

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A PEDAGOGA MARIA JOSÉ DANTAS DEFENDE PRINCÍPIOS DEMOCRÁTICOS EM REUNIÃO DO CONSELHO SUPERIOR



Socializando com os pares a 2ª reunião do Conselho Superior (11/06/2010)

Gostaria de relembrar o compromisso que assumi ao candidatar-me a representante dos TA, no Conselho Superior.
“Quebrando o silêncio!
O silêncio diante da falta de informação
O silêncio sombreado pela ocupação cotidiana
O Silêncio pelo não constrangimento
O silêncio sobre a insatisfação
O silêncio sobre os impeditivos ao alcance dos objetivos Institucionais.

Não podemos ficar inertes apenas observando sem participar ou refletir a gestão dos diversos espaços institucionais. É exigência da sociedade que essa gestão seja realizada com eficiência, eficácia, e inteligência, para atingir o mérito do êxito da produtividade e da função social ou seguirá reforçando, perpetuando a ineficácia e ineficiência acumulada das chefias isoladas. Um dos canais possíveis de participação nas tomada de decisões considerando o perfil, a missão institucional é a representação das categorias no Conselho Diretor, ou digo Superior. 

Nessa perspectiva a representação dos técnicos administrativos precisa ser significativamente respeitada, representativa, ativa, criativa e crítica para não corresponder apenas ao efeito bumerangue dos gestores/chefias. Deverá ser atuante, com capacidade de comunicação e de diálogo, atingindo os seus pares por intermédio da socialização de conhecimento, no sentido de torná-los responsáveis ou conscientes das tomada de decisões em favor da Instituição”

Retomo esse compromisso no sentido de poder socializar com vocês as reflexões defendidas por mim, em favor dos princípios da democracia e não da conveniência, na 2ª reunião Ordinária do Conselho Superior, realizada dia 11 de junho/2010. No sentido de que ninguém as compreenda como “sobra de Campanha” ou “um palanque armado para um Debate”, visto que não fui candidata a nenhum dos cargos eletivos, apenas, significativamente, me posicionei diferente da maioria dos meus pares que aprovaram de forma subliminar, através do voto, os documentos colocados para aprovação nesta reunião - Resoluções aprovadas “ad-referendum” ao Conselho Superior: Estatuto, Edital de Concurso Público(suspenso), Relatório de Gestão Anual de 2009 do IFPB, PDI, dentre outros.

1. No ato da homologação parabenizei os Candidatos Eleitos e senti-me na obrigação de fazer a seguinte reflexão - e repito a fiz em defesa dos princípios da democracia e não na perspectiva de uma conveniência futura.

Ao exercer o papel de Conselheira o faço legitimamente, por ter sido eleita entre meus Pares. Esta escolha se fundamentou em características pessoais e profissionais reconhecidas .uma delas foi sempre ter me posicionado diante dos acontecimentos e constatações.
O princípio básico deste posto é a atuação do sujeito, do indivíduo no fortalecimento da democracia na Instituição Pública. A ética é intrínseca ao sujeito e na democracia a falta dela é imediatamente identificada, podendo e devendo ser combatida.
Quando se instaurou o processo eletivo, esse Conselho para a manutenção da lisura do processo eleitoral, primou pela participação de representantes eleitos das categorias docente, administrativos e discentes na formação da Comissão Organizadora, assim o foi. Na forma, ainda, ingênua de conceber como se daria esse processo nos novos Campi, a Comissão Eleitoral Central não utilizou o mesmo princípio, não definindo qual seria o papel dos Diretores dos Campi nesse processo. (Não seria com certeza assumir o papel de Candidato na entrada em salas, reuniões com representantes de turma, dentre outras posturas constatadas).

O que entendo como falta de ética é que estes diretores compõem o Conselho Superior e concordaram com o princípio acima defendido, entretanto transformaram os Campi em Comitês Eleitorais , cujo material de campanha constava nos balcões da recepção, como se isto não refletisse uma postura anti-ética.

Como conselheira fiz declaração sobre essa preocupação logo após a 1ª reunião ordinária do Conselho Superior, que significado teria o papel dos nove diretores de Campi nesse Conselho. Diante do quadro constatado, essa preocupação me espanta, assusta. Espero que o senso crítico e reflexivo prevaleça.

2. No momento, também fiz as seguintes denúncias:
Quero também denunciar nesse Conselho as Graves falhas de Comunicação e/ou divulgação. Caso a) A maquete do edifício do IFPB de Princesa Isabel colocada na matéria da Pagina do IFPB, sem ressalvas de que é apenas uma maquete. Caso b) a propaganda de Cursos de uma determinada parceria/convênios com o IFPB, de forma enganosa, enfatizando unicamente o IFPB, e mascarando o caráter privado dos cursos ofertados” (pelo que acompanhei já foram contidas essas ações)

3. Fiz a reflexão sobre o princípio legal que tem mantido suspenso o Concurso Público do IFPB, no seguinte sentido:
O princípio da Lei prioriza uma minoria, devendo esse princípio ser estendido a qualquer número de vagas ofertadas a fim de preservar a efetividade desse direito fundamental. Entretanto, existe uma dificuldade de nós os seres humanos ditos normais, concebermos e aceitarmos como regra geral que ao aplicar tal princípio a uma vaga, essa vaga seria prioritariamente de uma pessoa com deficiência física, tendo em vista que suas dificuldades foram bem maiores para chegar ao patamar de qualificação exigido, (considerando alguns casos específicos definidos em leis, conforme destacou Chiquinho Cicupira e Avenzoar). Na minha concepção seriam aplicadas regras matemáticas para garantir a prioridade da vaga para as pessoas com necessidades especiais físicas.

Ocorre que as características abordadas no Decreto 3.298/99 não é exaustiva, a ponto do Estado criar leis protetoras dos portadores de deficiência e ao mesmo tempo infringi-las através das Instituições. Esta é a definição do . artigo 37, §1º e §2º, do Decreto:
"O candidato portador de deficiência, em razão da necessária igualdade de condições, concorrerá a todas as vagas, sendo reservado no mínimo o percentual de cinco por cento em face da classificação obtida."
"Caso a aplicação do percentual de que trata o parágrafo anterior resulte em número fracionado, este deverá ser elevado até o primeiro número inteiro subsequente."

Desta forma, havendo apenas uma vaga para preenchimento no concurso, seja oferecida também uma vaga para deficiente. Essa é a lógica do Decreto. Matematicamente, existindo uma vaga tem-se 0,05 reservada ao deficiente. Utilizando-se a regra do artigo 37, §2º encontra-se uma vaga também para o deficiente.
Claro que os demais conselheiros também refletiram a situaram, propondo a aplicação dos princípios da Sisu na definição das Vagas de Concurso Público, neste caso as vagas seriam gerais para o IFPB e não por Campus.

4. Outro ponto destacado por mim foi o PDI, documento construído após a Instituição de uma Comissão que debateu e construiu o Regimento Geral do IFPB (para qual fui convidada e por motivo específico não foi possível eu participar). O PDI foi construído com a participação dos respectivos setores.
Destaquei que a única definição coletiva no PDI é a missão, construída envolvendo na época os CEFETs de JP, CG e Cz, e que as contribuições dos setores em termo de concepções o PDI não absorveu completamente, chega a trazer dois a três parágrafos dos textos produzidos o que é comum. Solicitei que na previsão de revisão do PDI, os textos que tratam das concepções possam ter sido analisados e aprovados pela coletividade do IFPB, constituindo dessa forma o documento próprio do PPI – Projeto Pedagógico Institucional. Nesse ponto parece que a reflexão não foi muito bem compreendida. Mas pretendo sugerir a Diretoria de Articulação Pedagógica e de Assuntos Estudantis a construção desse documento, de forma a respaldar os parágrafos escritos nos itens relativos ao PPI, constantes no PDI.

E por fim, quero destacar os sentimentos demonstrados no momento da homologação dos candidatos e no “cofee brack”, na verdade, gostaria de ter comigo o antídoto à picada da “Mosca Azul”, a ser aplicado não aos Candidatos de fato eleitos ali presentes, demonstrando respeito e humildade, mas para ser aplicado aos personagens que se intitularam candidatos a reitor no processo eleitoral recente, buscando transferir para mim o mesmo papel. As gozações buscavam descaracterizar, desqualificar a atuação de um grupo que se posicionou não só como oposição, mas como oportunidade de avaliação. Fato esse que colocou cada um de nós nesse processo diante do real significado da nossa escolha, revelando contradições ou incoerências pessoais. 

Digo isto porque aguardo maior consideração dos meus pares Conselheiros e uma grande compreensão dos meus pares TA a respeito dessa leitura feita por mim.

Maria José Dantas

quinta-feira, 10 de junho de 2010

IMPRENSA DO IFPB FALSIFICA IMAGEM DO CAMPUS DE PRINCESA ISABEL

OBRAS PARALISADAS NO CAMPUS DE PRINCESA ISABEL


A Assessoria de Comunicação do IFPB (ASCOM) está cometendo um atentado contra a credibilidade institucional e a ética da comunicação social. O órgão, ligado à Reitoria, divulgou no site da instituição no dia 09.06.2010 (17h44), a matéria intitulada: “IFPB OFERECE 27 VAGAS NA SEGUNDA EDIÇÃO DO SISU”, na qual o instituto oferece 27 vagas para o segundo período do curso superior de Tecnologia em Gestão Ambiental, do Campus Princesa Isabel.

Até aqui, tudo bem, o órgão está cumprindo o seu papel. O problema é com a ilustração desta matéria. A ASCOM ilustrou a matéria com a foto de uma Instituição que não existe, no lugar da foto do Campus de Princesa Isabel. Desta forma, a assessoria comete dois crimes: um de propaganda enganosa e outro de falsificação ideológica.

Raciocine comigo. O que você faria se morasse em outro Estado da Federação, distante da Paraíba, e o seu filho se matriculasse numa instituição, cuja fotografia parece mais a de um palácio, um templo, ou castelo. E quando chegasse ao local indicado, descobrisse que as instalações físicas da escola anunciada na fotografia, não coincidem em nada com o que foi mostrado; pelo contrário, o ambiente sendo totalmente inadequado às atividades educacionais. Pense bem, o que você faria?




Imagem da página do IFPB

Isto é o que poderá acontecer com qualquer aluno que venha a se matricular no IFPB, para os cursos do Campus de Princesa Isabel, e que não conheça a realidade da instituição.

A realidade do Campus de Princesa é a  de um canteiro de obras paralisadas. As aulas estão sendo ministradas em um prédio cedido por uma entidade religiosa em condições as mais precárias possíveis. Falta iluminação adequada nas salas de aula, não há conforto térmico, falta equipamentos e nem bebedouros eles tinham, quando visitamos o campus no período da campanha.

Desta forma, a ASCOM presta um desserviço à sociedade e compromete a credibilidade da Instituição pela necessidade da atual gestão mostrar uma imagem maquiada das suas ações no programa de expansão. A matéria poderia informar, se é esse o caso, que essa imagem é da maquete das futuras instalações do Campus; o que seria menos danoso.

Este não é o papel do jornalismo do serviço público que, como a imprensa em geral, deve informar à sociedade de maneira ética e imparcial. A mentira nunca foi e nem será o objetivo da comunicação social, nem da imprensa.

Agindo desta maneira, a ASCOM está promovendo uma falsa imagem da instituição. Os jornalistas da instituição não são obrigados a desempenhar esse papel, se é que estão sendo coagidos. Por outro lado, se a decisão de enganar a sociedade é da própria imprensa institucional, o problema torna-se mais grave, sendo urgente o controle social desta entidade. A imprensa não deve se pautar pela falsificação ideológica, mesmo quando o objetivo é a promoção de uma causa nobre. O principal valor da imprensa é a defesa da verdade. A verdadeira imagem do Campus de Princesa Isabel é esta que se vê abaixo.










quarta-feira, 9 de junho de 2010

GRUPO POLÍTICO DECIDE OCUPAR ESPAÇOS E FAZER OPOSIÇÃO NA INSTITUIÇÃO




O grupo de apoio político à proposta “Por uma Educação em Rede”, no recente processo sucessório à Reitoria do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), decidiu que vai continuar fazendo uma oposição cerrada à gestão do Reitor eleito, professor João Batista de Oliveira.

O grupo considera que a democracia não será estabelecida em uma situação de  homogeneidade administrativa e que a atual gestão não tem interesse em implantar o novo modelo de educação científica e tecnológica planejado pelo Ministério da Educação para os Institutos.

Em reunião realizada hoje (09), no Campus de João Pessoa, o grupo que  deu apoio às candidaturas da professora Vania Medeiros (Reitoria) e Gilberto Sobreira (Direção do Campus-JP), decidiu que vai exercer a fiscalização da atual gestão, com responsabilidade, tanto na Reitoria, como no Campus de João Pessoa.

Na reunião, o professor Homero Jorge, do curso de Design de Interiores, fazendo a avaliação do processo sucessório disse que o resultado das eleições foi a constatação da hipocrisia existente na instituição. Para ele, a campanha foi um confronto ideológico em defesa da educação contra os interesses econômicos estabelecidos no IFPB.

Defendendo a continuidade do movimento, Homero disse que: “Nossa luta será resgatar o papel das nossas entidades representativas e fazer o controle social do IFPB." Segundo ele, a pesquisa e a extensão não funcionam e a qualidade do ensino está ruim. Portanto,  continuou, é preciso avançar e não retroceder ao modelo de escola técnica e quem vai respaldar a transformação do modelo educacional são os estudantes. “Não separo a postura pessoal do comportamento político dos candidatos e de quem os apoiou, não entendo como os servidores desta instituição passaram quatro anos criticando a gestão e ainda votaram nela”, concluiu.

O professor Gilberto Sobreira disse que o resultado das urnas não foi mais favorável porque o grupo perdeu tempo acreditando na pessoa errada. Ele referiu-se ao investimento inicial na expectativa com o professor Joabson Nogueira. Para Giba, a campanha abalou a força centralizadora da atual gestão.

A vitória deles significa prejuízo para a instituição disse o professor, explicando que a gestão do professor João Batista não vai implantar o novo modelo de educação por que o Reitor não confia nos seus colaboradores e nem delega poderes a ninguém. “A responsabilidade pelo prejuízo da instituição é da própria comunidade, que não soube escolher seus dirigentes”, lamentou ele.

A professora Helena de Cássia avaliou que o resultado da campanha foi surpreendente e que o grupo deu uma lição à comunidade mostrando que não há hegemonia de grupo na instituição. Ela quer continuar fazendo oposição na instituição, já que o compromisso dos professores com a educação é para a vida toda. “Contra a falta de moral não há argumentos, se for preciso vamos acionar a lei para implantar a democracia na instituição, não podemos compactuar com o poder absoluto e temos que exercer nosso papel fiscalizador”, argumentou ela.

O professor Rômulo Gondim, que também participou da reunião de avaliação, disse que o grupo foi vitorioso porque ofereceu uma possibilidade de escolha em um processo que, inicialmente, contava com um único candidato. O professor analisou que a atual gestão não aceita o novo modelo de educação que deve ser implantado na Instituição porque defende a estrutura de escola técnica. “É uma gestão antiga, cujos membros já estão em tempo de aposentadoria; a vez agora é dos novos que devem assumir o comando” projetou Rômulo.

Rômulo foi mais profundo afirmando que a campanha extrapolou os métodos políticos eleitorais influenciados pelo sindicalismo, transformando-se em uma campanha de todos os segmentos. Para o educador, o importante, agora, é não deixar que a lei do silêncio se estabeleça na instituição, lembrando que na gestão houve desmandos administrativos e que ninguém denunciou porque as lideranças estavam cooptadas. Segundo ele, o importante é manter o movimento democrático entre os segmentos visando superar as limitações da realidade da gestão autoritária da antiga escola técnica. “Quando a lógica da democracia suplantar o centralismo administrativo a dinâmica da história poderá nos surpreender”, previu ele.

Os servidores que compõem o grupo de oposição estão estimulados para lutar pela democratização da instituição. O professor Paulo Peregrino disse que a campanha eliminou a apatia política da instituição. Para ele, é importante traçar estratégias para alcançar as metas do grupo sem prejuízo das atividades acadêmicas. A professora Vera Wanderley disse que estava realizada porque exerceu a sua cidadania participando do processo. Para a técnica Osmarina “foi bom ver tanta gente responsável exercendo o seu compromisso político com a instituição”

Na visão do professor Aarão Pereira, o grupo se comportou eticamente no processo sucessório. Segundo ele, existem processos conflituosos envolvendo o curso de Design e atual gestão que, no entanto, não foram usados na campanha. O professor lamentou que a atual gestão promova servidores que cometem atos de improbidade administrativa na instituição. Ele afirmou que o maior problema do IFPB, atualmente, é a cooptação das lideranças. “Mas o processo sucessório contribuiu para a construção de novas lideranças que vão lutar pela democratização na instituição”, assinalou.

A pedagoga Maria José Dantas disse que a gestão atual desrespeita os processos pedagógicos institucionais e que o trabalho de democratização do IFPB passa pela pedagogia. “Nossa militância política deve respeitar os processos educacionais”, salientou.

A professora Vania Medeiros, na sua avaliação, revelou que não esperava enfrentar um processo tão acirrado. Ela disse que pensava estar participando de mais um acontecimento acadêmico. "No entanto, o que vi foi uma luta acirrada em defesa de interesses pessoais dentro da instituição pública”, revelou.

Vania espera que o grupo consiga estabelecer uma rede de relacionamentos internos dentro da instituição. Para ela, é preciso continuar no trabalho coletivo multicampi para dar sustentação à implantação do novo modelo de educação em rede. “Um coisa eu já entendi: a política só tem entrada não há porta de saída, portanto, é preciso continuar”, refletiu.